GOU e GPP

GOU e GPP

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Comunhão, rede e programação

Queridos amigos e amigas,

Paz de Jesus!

Em nosso último encontro (22/09/2010) pudemos refletir sobre a Trindade e a Eucaristia (Ao Pai, por Cristo, no Espírito), bem como meditar sobre como a “Eucaristia nos faz Igreja, comunidade de amor”. 

Assim, mergulhamos no mistério da comunhão dos santos, e ficamos constrangidos por tamanho amor de Deus por nós, o que nos leva ao encontro do outro, inclusive do inimigo.



O texto abaixo foi de muita valia para as reflexões:
“A  unidade do corpo místico”
A Eucaristia faz a Igreja. Os que recebem a Eucaristia estão unidos mais intimamente a Cristo. Por isso mesmo, Cristo os une a todos os fiéis em um só corpo, a Igreja. A comunhão renova, fortalece, aprofunda esta incorporação à Igreja, realizada já pelo Batismo. No Batismo fomos chamados a constituir um só corpo . A Eucaristia realiza este apelo: “O cálice de bênção que abençoamos não é comunhão com o Sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o Corpo de Cristo? Já que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão” (1Cor 10,16-17).
Se sois o corpo e os membros de Cristo, é o vosso sacramento que é colocado sobre a mesa do Senhor, recebeis o vosso sacramento. Respondeis “Amém” (“sim, é verdade!”) àquilo que recebeis, e subscreveis ao responder. Ouvis esta palavra: “o Corpo de Cristo”, e respondeis: “Amém”. Sede, pois, um membro de Cristo, para que o vosso Amém seja verdadeiro . (Santo Agostinho).
A  Eucaristia compromete com os pobres. Para receber na verdade o Corpo e o Sangue de Cristo entregues por nós, devemos reconhecer o Cristo nos mais pobres, seus irmãos : Degustaste o Sangue do Senhor e não reconheces sequer o teu irmão. Desonras esta própria mesa, não julgando digno de compartilhar do teu alimento aquele que foi julgado digno de participar desta mesa. Deus te libertou de todos os teus pecados e te convidou para esta mesa. E tu, nem mesmo assim, te tornaste mais misericordioso  (S. João Crisóstomo).

Fez-nos rever nossos posicionamentos em relação com os demais membros da comunidade, especialmente, com os pobres e nos fez sonhar com o dia se possa dizer de nossas comunidades: “Não havia necessitados entre eles” (At 4,34).

Muitas vezes não podemos alcançar a todos com nosso amor, por isso a importância da Paróquia ser uma “rede de comunidades”. Começando com os que estão próximos de nós, levar o amor aos que estão mais distantes.


Conversamos também sobre a “espiritualidade de comunhão”, programa do Papa João Paulo II, desafio para nós, no III Milênio. Não bastam estruturas, é necessário uma espiritualidade de comunhão que nasce da contemplação da Trindade:

“Uma espiritualidade de comunhão
43. Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão: eis o grande desafio que nos espera no milênio que começa, se quisermos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo.
Que significa isto em concreto? Também aqui o nosso pensamento poderia fixar-se imediatamente na ação, mas seria errado deixar-se levar por tal impulso. Antes de programar iniciativas concretas, é preciso promover uma espiritualidade da comunhão, elevando-a ao nível de princípio educativo em todos os lugares onde se plasma o homem e o cristão, onde se educam os ministros do altar, os consagrados, os agentes pastorais, onde se constroem as famílias e as comunidades. Espiritualidade da comunhão significa em primeiro lugar ter o olhar do coração voltado para o mistério da Trindade, que habita em nós e cuja luz há-de ser percebida também no rosto dos irmãos que estão ao nosso redor. Espiritualidade da comunhão significa também a capacidade de sentir o irmão de fé na unidade profunda do Corpo místico, isto é, como « um que faz parte de mim », para saber partilhar as suas alegrias e os seus sofrimentos, para intuir os seus anseios e dar remédio às suas necessidades, para oferecer-lhe uma verdadeira e profunda amizade. Espiritualidade da comunhão é ainda a capacidade de ver antes de mais nada o que há de positivo no outro, para acolhê-lo e valorizá-lo como dom de Deus: um « dom para mim », como o é para o irmão que diretamente o recebeu. Por fim, espiritualidade da comunhão é saber « criar espaço » para o irmão, levando « os fardos uns dos outros » (Gal 6,2) e rejeitando as tentações egoístas que sempre nos insidiam e geram competição, arrivismo, suspeitas, ciúmes. Não haja ilusões! Sem esta caminhada espiritual, de pouco servirão os instrumentos exteriores da comunhão. Revelar-se-iam mais como estruturas sem alma, máscaras de comunhão, do que como vias para a sua expressão e crescimento[1]”.

Isto nos fez sonhar com o trabalho em rede. Avaliamos que só conheceremos os irmãos e irmãs de outros grupos de profissionais se nos relacionarmos com eles. O primeiro espaço para isso é nossa lista nacional: pur-gpp-subscribe@yahoogrupos.com.br . Sonhamos com encontros entre GPPs, trocas de idéias, montar grupos de estudos temáticos interdisciplinares, retiros, fins de semana juntos para que aconteça aquilo que Dom Luciano falava: “Quando a gente se reúne, a gente também se une”. 


Numa rede viva, um grupo auxiliaria o outro, poderíamos fazer campanhas, os grupos temáticos poderiam dar suporte à Igreja, às Dioceses, GPPs e GOs, sobre temas como bioética, doutrina social da Igreja, afetividade e sexualidade, família, cultura, entre outros.
Nossos engenheiros e físicos discorreram sobre a atualidade e novas formas de redes elétricas e de depósito de materiais semicondutores (é isso, Michael?).
Imaginamos nossos filhos crescendo juntos, numa atmosfera de partilha e comunhão.

Meditamos, ainda, sobre como tudo em nossa vida pode se tornar oferenda agradável a todos, unida ao único sacrifício de Jesus, que é atualizado, na Eucaristia. Fazer memória = tornar presente hoje.

Segue a programação dos próximos encontros:
29/09 – Participação e cidadania: AMAIS e Observatório social  
06/10 – Leitura orante da Bíblia e intercessão – na Capela
20/10 – Partilha/Avaliação/Missão em Zambia - Michael
27/10 – “Espiritualidade do Profissional do Reino: Com Maria, deixar-se conduzir pelo Espírito” – Daniel
03/11 – Maria
10/11 – Partilha Profissional – Silvia (assistente social)
17/11 - Leitura orante da Bíblia e intercessão – na Capela
24/11 – Planejamento 2011
01/12 - Confraternização

Fraterno abraço!
Com Deus!



Um comentário:

  1. Importante nao deixar apagar a centelha de Deus, mas fazer evoluir e tornar-se uma labareda, suficiente a queimar quem está perto de Nós. Não adianta querer manter apenas manter o fogo acesso, mas devemos lutar para que ele cresça. Triste daquele que se contenta com o morno, pois será vomitada por Deus. Queremos? Então agir com coerência é um excelente começo! Como diz o Diac.Nelsinho em sua múscia "eu não quero só dizer: amém! Preciso provar com a vidal, que eu creio! ... Deus é Deus e eu o quero ser o adorador!"
    Ora, a Trindade forma uma teia trina tão unida que é UNA. Até que ponto somos unidos? Até que ponto somos interessados em formar relações multiplas?
    Na Prefeitura de Pindamonhangaba, nesta semana, toda quarta-feira, começaremos uma reunião diante da imagem de Sta.Maria, que fica na praça do Paço Municipal, para fazermos quinze minutos de oração. Não sei em quantos estaremos lá, mas quero crer que o Espírito Santo, ali estará!
    Isso é tecer teias, fazer laço comunitário, agora, até que ponto este vai ser forte, depende de cada um de nós, em sociedade. Não é fácil, pois somos inclinados a concupiscencia (já que o batismo não é um redoma de vidro que nos protege). Que a cresna no Ressuscitado, nos faça melhorar!!!!!!!
    Que a Graça de Deus manifesta na vida de todos aqueles de bom coração, disperdando aqueles que ainda dormem na noite escuro de suas vidas!!!
    abçs, marcos.

    ResponderExcluir